PÉ TORTO

 

Publicado em: 02/08/2013 00:00

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Cismepar realiza Tratamento de Pé Torto Congênito

 O tratamento de Pé torto Congênito vem sendo realizado pelo Cismepar e o encaminhamento do bebê é feito pela Unidade Básica de Saúde. O pé torto congênito é uma deformidade congênita, em que o recém nascido apresenta o pé voltado para "dentro" (para linha media do corpo= varo) e "baixo" (equino). Tem incidência de 1 caso para cada 1000 nascidos vivos e é bilateral em 50% dos casos, sendo mais comum no sexo masculino.

 Acredita-se que ocorra por uma parada no desenvolvimento embrionário dos pés do feto, dentro do útero materno. Existem várias teorias para a causa do pé torto congênito, porém nenhuma ainda se provou 100% verdadeira. A causa disso tudo é genética. Em aproximadamente 35% das crianças com pé torto, há alguém na família com o problema. Os outros 65% que são o primeiro caso na família, ocorreram por mutação genética. Não se conhece queda, trauma ou infecção durante a gravidez que possa causar pé torto congênito.

 O diagnóstico é fácil e será realizado por seu médico através do simples exame clínico do bebê. Não há necessidade de se fazer radiografias. É importante salientar que além do pé torto, estas crianças apresentam também uma diminuição no tamanho do pé e artrofia da panturrilha ("batata" da perna), no lado afetado. E também é muito importante o exame físico completo da criança, pois o pé torto eqüinovaro pode ou não estar associado a outras malformações congênitas.

 O tratamento é realizado pelo ortopedista infantil seguindo a técnica de Ponseti e deve ser iniciado tão logo se faça o diagnóstico, se possível nos primeiros 15 dias de vida. O tratamento consiste de manipulação seriada do pé e confecção de gesso que irá "forçando" o pé para a posição normal progressivamente. Os gessos são trocados semanalmente e tem o objetivo de alongar as estruturas (tendões, etc.) posteriores e internas do pé que estão contraturadas (encurtadas). O tratamento com gesso é imprescindível, porém em alguns casos, é insuficiente para a correção total da deformidade e haverá necessidade da cirurgia.

 Após o tratamento de gessos seriados e cirurgia, a criança inicia o uso de órteses (botinhas) para a manutenção da correção, por um período de 2 a 4 anos.

 Se o tratamento foi feito por especialista com experiência e houver colaboração da família, a criança, na maioria das vezes, evoluirá com correção completa das deformidades.  

Colaboração: Dr. Guilherme Maretti Franco de Campos/ Médico com especialidade em Ortopedia Infantil.